segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Derrussa

Eu estava numa montanha russa, cada movimento do carrinho, está por conta dele, não sei quem, mas ele quem monitora tudo. Cada clique, um salto, cada salto, um medo, cada medo, um alivio. Ou a morte. uma morte, duas mortes. Não importa. Nada importa, além de sua diversão, ele também não escolhe, ele só está se divertindo, e não sabe, que cada erro, vale vidas. A montanha-russa continua, rápida, a cada salto mais velocidade, mais velocidade, mais pontos. 3000, 30000, 40000, e a montanha- russa não para, caminhando, correndo, pela noite. É um parque de diversãos onde, o pagamento é sua vida. E cada um brinquedo, um monitoramento. Pessoas diferentes, pessoas que sabem jogar, que não sabem. E não tem fim, quer dizer, o fim, é a morte, a nossa morte. 
Atrás da tela do computador, tudo como se fosse um jogo, um simples jogo. Eles não sabem, mas são eles quem monitoram. Escolha um brinquedo, e morra nele. Montanha russa, roda gigante, elevador, qualquer um. Apenas escolha, é de graça, apenas sua vida. Já que dinheiro é a unica coisa que se importa.
Estou sentada na primeira fileira, serei a primeira a morrer. E começa, um frio na barriga, que desse até entre minhas pernas, é um prazer inevitável, a emoção, saber que vou morrer e estou ali! A cada salto, um susto, um batimento cardíaco mais forte. E o tesão e o prazer que vem junto. O frio, o vento. Está noite, vejo os aviões, de todas as partes, vejo balões subindo, vejo as estrelas brilharem. Simplesmente isso. Minha ultima visão da noite. E então, ele erra.
E  eu morro. Todas as ilusões acabadas. Todos os prazeres apagados. Não passo de um corpo jogado num nada, sem sentir nada. Acabou.
- Quem são os próximo a entrar na montanha-russa? Por favor, sentem-se.
São as ultimas coisas que escuto, entre gritos de pavor pela morte, e minha inconciencia.

E agora, outro grupo avança para a morte; enquanto eu, já estou nela.

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