quarta-feira, 25 de maio de 2011

ficção

Numa floresta fria e morta, galhos secos, e uma chuva de raios no horizonte. Morcegos voavam a cada passo que eu dava, enquanto ficava imaginando as criatura horrorosas que estariam por me observar.
Uma musica, imaginaria, ou não, cantou: Entre, encontra, descubra, fale, sinta. Entre! Sinta. - Em varias línguas.
O louco homem imaginário, se materializou em minha frente, o moço é alto, muito alto, branco, como um cadáver, sua pele é velha, e suas roupas um trápo, mas sobre sua cabeça um elegante chapel intocado. Ele segurava uma "bengala" preta, com a ponta branca, como se fosse um mágico! Seu sorriso era convidativo, e o medo em sua voz envolvente. Segui suas ordens, como um trem parando no ponto. 
Soltei-me do chão, cai de um precipício, e voei pelo lago na noite iluminada apenas pela lua!
Em minha mão a mesma bengala do mágico alto, em minha cabeça o chapel dele! O poder entrando forte pelos meus pulmões, o conhecimento se expandindo, a sensação borbulhante, e sagaz, cada milésimo de segundo é prazeroso, é impossível resistir, é tão certo!
A musica muda de repente, eu caio um chão banco e marrom me contorcendo de dor. Os acordes da nova musica, machucam minha cabeça, tampo meus ouvidos, e tento deixar por me envolver, outro cara canta: você pode escolher, deve escolher, cada um escolhe, mas você terá de escolher o melhor para você, para então ser julgado, a pena.
Sinto-me puxada pelas craviculas e pelo abdômen, meus pés saem do chão, e as asas voam, em cima das nuvens, a brisa lenta, faz massagem em em meu corpo, e qualquer barulho mais alto machuca, assusta, e qualquer desconforto dói. Muito.

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